Historia da educação dos surdos

  • 384

    Grecia antiga

    Diferente dos egípcios e principalmente fundamentado no pensamento de Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.), os gregos acreditavam que ao nascer surdo, alguém também não pensa e, consequentemente não sente, sendo assim, sem utilidade alguma para participar da vida em sociedade. Era propagada e aceita a ideia de extermínio de pessoas surdas e com deficiência.
  • 1560

    Pedro Ponce de Léon

    Um dos primeiros educadores de surdos, o espanhol e monge beneditino Ponce de León (1520-1584) educou quatro filhos da nobreza, ensinando-os a falar grego, latim, italiano e ensinou conceitos de astronomia e física. Desenvolveu uma metodologia consistente em datilologia, escrita, oralização e criou também uma escola de professores para surdos.
  • Juan Pablo Bonet

    Iniciou seu trabalho com surdo através de sinais, treinamento da fala e o uso de alfabeto dactiolológico.
    Publicou o primeiro livro sobre a educação de surdos em que expunha o seu método oral, “Reduccion de las letras y arte para enseñar a hablar a los sordos”. Defendia o ensino precoce do alfabeto manual aos surdos. Seu método serviu de base para toda Europa.
  • Charles Michel de l'Épée

    O francês l'Épée (1712-1789) surge como influência bastante significativa na educação de surdos após se aproximar da comunidade surda que vivia pelas ruas de Paris e aprende com eles a língua de sinais. Criou os sinais metódicos, combinação entre a língua de sinais e a gramática sinalizada francesa. Transformou sua casa na primeira escola para surdos no mundo e acreditava que todos deveriam ter acesso a uma educação de qualidade e também pública, independente de classe social.
  • Thomas Hopkins Gallaudet

    Idealiza uma escola para surdos nos Estados Unidos e viaja à Europa em busca de métodos de ensino. Thomas abre a primeira escola para surdos na Inglaterra, ele ensinava aos surdos os significados das palavras e sua pronúncia, valorizando a leitura orofacial
  • Brasil

    É fundada em 1857 a primeira escola para surdos do Brasil, no Rio de Janeiro, por D. Pedro II, pedindo também a vinda de um professor estrangeiro. Aluno do Instituto Nacional de Paris, E. Huet (1822-1882) trouxe também a língua de sinais francesa. Inicialmente chamado de Imperial Instituto de Surdo-Mudos, posteriormente teve seu nome alterado para Instituto Nacional de Educação de Surdos. Por ser a única instituição especializada, o INES recebia alunos de todo o país e também de países ao redor.
  • Congresso de Milão

    Ocorrido em 1880, foi em Milão que foi posto em pauta qual método deveria ser veementemente utilizado na educação de surdos. Com apoio massivo de A. Graham Bell, o Oralismo venceu, tornando a utilização da língua de sinais proibida e impactando a educação de surdos por quase cem anos.
  • Lei 10.436

    Em 24 de abril de 2002, sancionada a Lei 10.436, conhecida como Lei de Libras, reconhecendo a Libras como língua oficial da comunidade de surdos no Brasil.
  • Decreto nº 5626 de 2005

    Por decreto, se estabelece a organização da educação bilíngue no Brasil para surdos e passa a ser obrigatória a disciplina de Libras em todas as Licenciaturas e também nos cursos de Fonoaudiologia.