Artefatos que mudaram a história da educação timeline

A escrita ou grafia consiste na utilização de símbolos para exprimir as ideias humanas. É considerada uma tecnologia de comunicação historicamente criada e desenvolvida pelas necessidades de cada civilização.
Mesmo que, habitualmente, a função central atribuída à escrita seja a de registro de informações, não se pode negar sua relevância para a difusão de informações e a construção de conhecimentos.

O ábaco é um antigo instrumento de cálculo, que segundo muitos historiadores foi inventado na Mesopotâmia, pelo menos em sua forma primitiva e depois os chineses e romanos o aperfeiçoaram.
O primeiro ábaco foi construído numa pedra lisa coberta por areia ou pó. Palavras e letras eram desenhadas na areia; números eram eventualmente adicionados e bolas de pedra eram utilizadas para ajuda nos cálculos.

Em 105 a.C Ts ai Lun teria apresentado ao Imperador Han Ho Ti, da dinastia chinesa Han, mostras de papel pela primeira vez. Relatos históricos sugerem que Ts ai Lun inventou o papel, apesar de recentes descobertas arqueológicas apontarem que este material teria sido inventado 200 anos antes. No entanto, a partir deste ponto, o papel passou a ser usado em larga escala em todo o mundo. No Brasil, a produção de papel em larga escala nos anos 20 revolucionou a educação.

As cartilhas como instrumento de alfabetização foram criadas na Inglaterra em 1450. Em meados do século XVI ao final do século XIX, as cartilhas para crianças eram constituídas por uma folha contendo as letras do alfabeto, montada em madeira, osso, couro ou pedra e protegida por uma fina folha de papel, chifre transparente ou mica. A moldura de madeira geralmente tinha uma alça e geralmente era pendurada no cinto da criança.

Com letras e símbolos em relevo esculpidos em metal, a invenção de Gutenberg permitiu a impressão em massa de livros – que antes eram escritos a mão –, começando uma revolução na Europa, em meados de 1455.
Assim, os livros deixaram de ser uma exclusividade dos nobres e do clero. Até 1489, já havia prensas como a dele na Itália, França, Espanha, Holanda, Inglaterra e Dinamarca. Em 1500, cerca de 15 milhões de livros já tinham sido impressos.

Os primeiros lápis de grafite datam do século XVI. Nessa época foi descoberta perto de Borrowdale (Inglaterra), uma grande mina com material bastante puro e sólido - o grafite.
Mas somente no final do século XIX, quando a produção em larga escala do lápis, juntamente com o papel, é que foi possível a substituição da lousa.

No século 18, o escritor Denis Diderot e o matemático Jean D’Alembert, ao criarem a Enciclopédia, permitiram o acesso de qualquer pessoa (que soubesse ler, o que era raro na época) aos saberes científico, filosófico e cultural produzidos até então em uma única obra.

No século XIX, o livro didático surgiu como um adicional à Bíblia, até então, o único livro aceito pelas comunidades e usado nas escolas. Somente por volta de 1847, os livros didáticos passaram a assumir um papel de grande importância na aprendizagem e na política educacional. Os primeiros livros didáticos, escritos sobretudo para os alunos das escolas de elite, procuram complementar os ensinamentos não disponíveis nos Livros Sagrados. (OLIVEIRA et al, 1997, p. 26).

Em 8 de agosto de 1876, Thomas Edison recebia a patente de uma de suas invenções mais impactantes, o mimeógrafo, uma das primeiras máquinas de cópias em série.
O mimeógrafo foi uma ferramenta importantíssima de comunicação em termos de divulgação de conhecimento, tornando possível a todos reproduzir textos e divulgar suas ideias sem ter que recorrer ao custoso processo das gráficas e sem a necessidade de se ter profissionais especializados.

É no final do século XIX que o uso do quadro-negro instala-se nas escolas e que começa a ocupar um espaço central na sala de aula. A lousa também compunha o material escolar do aluno, sendo o seu único instrumento de trabalho.

Na década de 1920, com o surgimento oficial do rádio no Brasil, este passou a levar a cada canto do país um pouco de educação, ensino, cultura e alegria.
Pessoas que não podiam ir à escola passaram a ter acesso a aulas de francês, português, geografia, história do Brasil e outros conteúdos. Foi o primeiro recurso tecnológico para a educação à distância.

Um retroprojetor consiste num aparelho projetor de transparências, inventado, em 1931, nos EUA e considerado o único cuja concepção obedeceu a fins de formação e de ensino.
O aparelho foi concebido para permitir que o professor escrevesse diretamente sobre uma lâmina de acetato transparente, projetando-se nas suas costas tudo o que se escreve ou desenha.
O seu uso em sala de aula permitiu uma maior interação a um custo mínimo.

Em terras brasileiras, a televisão apareceu como uma grande novidade tecnológica na Feira Internacional de Amostras de 1939. Em 1950, houve acesso a um sinal aberto de TV após a inauguração da TV Tupi, pelo jornalista Assis Chateaubriand.
Por volta de 1952, quando a produção de aparelhos de TV começou a acelerar e a sua utilização se estendeu aos lares, a possibilidade da comunicação visual permitiu a um grande número de pessoas sem acesso a livros e jornais participar da informação.

A fotocopiadora, sucessora do mimeógrafo, surgiu em 1938 e chegou ao mercado duas décadas depois, em 1959, pela Xerox.
Seu alto custo determinou a sobrevida do mimeógrafo por mais umas dezenas de anos. Eventualmente, com a popularização das máquinas de copiar da Xerox, que faziam cópias mais rapidamente, sem deixar cheiro ou depender de força motriz, o mimeógrafo ficou para trás e hoje é apenas memória dos anos escolares das gerações passadas.

Em 1960 a Empresa Kodak lança o projetor de slides carrossel. Este funcionava basicamente como a Lanterna Mágica, porém a iluminação é feita através de uma lâmpada e as imagens são gravadas em filmes fotográficos.
Muito populares em salas de aula de todo o mundo, a projeção de imagens em slides enriqueciam e ilustravam diversas aulas.

Antes que começassem a entrar nas salas de aula nos anos 1970, as calculadoras tiveram de passar por uma metamorfose essencial: tornar-se pequenas o suficiente para caber na palma da mão dos estudantes.
Foram os circuitos integrados que permitiram concretizar aquela que é considerada a primeira calculadora de bolso. Em 1971, chegou ao mercado a Buiscom "Handy LE", que não só era pequena o suficiente, como trazia a novidade de um mostrador com LED.

O Telecurso 2º Grau foi criado em 1978 com uma parceria entre a Fundação Padre Anchieta e a Fundação Roberto Marinho. Em 1981 foi criado o Telecurso 1º Grau.
O propósito da iniciativa era levar educação básica para quem não possuía acesso formal e presencial, como em municípios distantes e para pessoas em situação de defasagem idade-ano.

Na década de 1980, com a disseminação dos computadores nas escolas brasileiras, foram disponibilizados equipamentos e software para os educandos desenvolverem suas atividades e estudos. Após vinte anos de implementação dos vários planos nacionais, a maioria das escolas já possuíam equipamentos computacionais, mas os objetivos definidos inicialmente pouco haviam evoluído.
A informática deixou de ser ensinada como disciplina, passando a ser empregada como ferramenta tecnológica.

A internet surgiu na década de 60, durante a Guerra Fria.
No Brasil, a internet surgiu a partir da década de 90 e foi disponibilizada apenas para pesquisas em algumas universidades. A internet só começou a ser comercializada em meados de 1994 e em 1995 o Ministério das Telecomunicações começou as atividades para disponibilizar acesso à internet para a população brasileira.
Foi a partir deste momento que a internet no Brasil começou a ser utilizada também para a educação.

Atualmente, o domínio Wikipedia.org é o sétimo mais visitado de todo o mundo e tudo isso teve início em 15 de janeiro de 2001, quando o site foi ao ar para nunca mais sair.
A Enciclopédia Livre foi pensada como uma enciclopédia online, gratuita e na qual especialistas escreviam artigos que eram revisados de maneira formal antes de ir para o ar.
A Wikipedia revolucionou a forma como se fazia pesquisa no início dos anos 2000.

Os telefones inteligentes são importantes por um motivo: integrar computadores e celulares. Em uma definição rápida, smartphone é todo aquele celular que possui um sistema operacional, permitindo que aplicações sejam instaladas para os mais diversos fins.
Mas o mais legal mesmo é a conexão com internet por redes sem fio. Assim, os usuários podem baixar arquivos e acessar sites sem a necessidade de utilizar computadores para isso.

Os tablets eram um sonho antigo da Apple e já no início dos anos 1980 Steve Jobs falava sobre “colocar um computador incrivelmente bom em um livro que você pode carregar por aí”.
O ano de 2010 finalmente permitiu à Apple apresentar o iPad ao mundo, o tablet não foi o primeiro do gênero, mas causou uma grande revolução no setor, mostrando que dispositivos de mão podem muito bem combinar design e hardware avançados.

O quê podemos esperar das evoluções tecnológicas e seu uso na educação daqui para frente?
Realidade Virtual vai substituir os livros didáticos?
Smartphones serão obsoletos?
Viveremos na Matrix?
Quem sabe...